O número de dependentes químicos não para de crescer. Enquanto isso inúmeros estudos vem sendo desenvolvidos.
Estudos demonstram que pessoas que têm dependentes químicos na família (pais, avós, tios, tios avós, etc.) têm 04 (quatro) vezes mais chances de desenvolver a dependência química que a população em geral. Estes dados se mantêm mesmo que o indivíduo não possua contato algum com o familiar dependente.
O maior problema na tentativa de diferenciar entre a importância dos genes e o fator ambiental é que ambos são, frequentemente, fornecidos em grande parte, pelos pais. A genética fornece a base biológica que explica a propensão ao problema. Os genes mediam o quanto de prazer uma pessoa sentirá usando álcool ou outra droga.
Houve uma evolução em relação à maneira de tratar a Dependência Química. No final do século passado, a DQ era considerada um problema moral e de caráter. Já no início deste século, adotou-se o conceito de doença e a DQ passou a ser um problema médico. Quanto ao tratamento houve também um grande desenvolvimento e é um desperdício de vidas humanas este conceito ainda não ter sido desmistificado pela grande maioria da sociedade.
Atualmente só uma minoria dos DQs deve ser internada. Na maior parte das vezes é possível um tratamento interdisciplinar de ambulatorial ou intensivo sem internação em Hospital Dia.
Existem diversos graus de DQ e diferentes tipos de Dependentes Químicos. Portanto, parece óbvio que é necessário um adequado diagnóstico a fim de direcionar um tratamento específico para cada indivíduo que sofre desse mal.
A DQ é uma doença complexa, multifatorial e qualquer tentativa de simplificá-la redundaria num senso comum.