Os problemas cotidianos, a necessidade de constante atualização e profissionalização e as demandas das novas tecnologias são fatores associados ao aumento de sintomas de ansiedade nas pessoas.
Essa sensação faz parte do instinto humano de autopreservação e defesa, que prepara o corpo para a fuga ou o enfrentamento de uma situação difícil, aumentando os batimentos cardíacos, a frequência respiratória, economizando energia com diminuição da função intestinal e liberando glicose no sangue.
Quando esse sentimento se torna constante e exagerado, ocorrendo até mesmo em situações rotineiras simples, existe a possibilidade de que a pessoa tenha transtorno de ansiedade, uma doença que afeta cerca de 9,3% dos brasileiros, conforme dados da OMS.
Tipos de transtorno de ansiedade
De acordo com o Código Internacional de Doenças – CID 10, existem três tipos de transtornos de ansiedade, que podem ter diferentes subclassificações:
- Transtornos da ansiedade orgânicos: são os associados a uma doença, como câncer transtornos da tiroide, ou ao uso de substâncias.
- Transtornos emocionais com início na infância: ocorrem na primeira infância e a criança apresenta retraimento social, medo de pessoas, de interagir e medo de situações novas.
- Outros transtornos ansiosos: as manifestaçõesocorrem sem uma situação específica, podendo ser cotidiana.
Principais sintomas
Apesar da existência de transtornos de ansiedade associados a diversas situações, existem sintomas comuns em todos eles, sendo os principais:
- palpitações/ batimentos cardíacos acelerados;
- suor;
- medo;
- irritabilidade;
- insônia;
- angústia constante;
- dores musculares;
- fome em excesso ou falta de apetite;
- dificuldade para socializar.
Como diagnosticar?
O diagnóstico de transtornos de ansiedade deve ser realizado por um especialista, seja ele médico psiquiatra ou psicólogo.
É importante que, caso você ou alguém conhecido sinta que está constantemente ameaçado sem motivo aparente, com medo contínuo, angústia e outros sintomas, busque auxílio de um profissional, para identificar se possui algum transtorno ou não.
Tratamento
Como em todas as outras doenças psiquiátricas, o tratamento para o transtorno de ansiedade é realizado com medicamentos e terapias, sendo a cognitivo comportamental muito indicada para diversas situações, principalmente fobias.
Os remédios podem demorar um pouco para surtir efeitos e, no início, podem ter efeitos colaterais, além de que as doses, muitas vezes, precisam ser reajustadas, por isso o acompanhamento é fundamental.
Transtorno de ansiedade tem cura?
Na maioria dos casos os transtornos podem ser curados, mesmo que isso possa levar alguns anos. Entretanto, há os casos crônicos, nos quais não há cura, porém, tratamento.
Nessas situações, é importante que o paciente aprenda a conviver com a doença, compreenda seus sintomas, como ela ocorre, e adote hábitos de vida que auxiliem a diminuir o estresse e as preocupações, além de fazer acompanhamento constante.
A ansiedade é um sentimento comum para o ser humano, pois é uma reação necessária para enfrentar momentos de perigo.
Porém, se é contínua e atrapalha a vida da pessoa, pode configurar algum transtorno, que precisa ser diagnosticado e tratado.
Dessa forma, mesmo que o caso não seja de cura, será possível que o paciente tenha um cotidiano normal e desempenhe as mais variadas atividades do dia-a-dia com sucesso.