A Síndrome do Pânico já afeta mais de seis milhões de pessoas no Brasil. O medo e a ansiedade são seus maiores sintomas. Trata-se de um transtorno mental tido como uma das principais doenças da modernidade.
Isso pode ser culpa (em parte) do modo estressado e agitado no qual vivemos na sociedade urbana atual. É sempre muita coisa para fazer em muito pouco tempo, além de toda a pressão para sermos bem-sucedidos em tudo o que fazemos.
No entanto, algumas pessoas podem confundir as ocasionais crises de pânico (ansiedade) com a síndrome de pânico em si. Existe uma linha que as separa, mas que depois pode desaparecer caso o problema evolua.
O que são as crises de pânico?
As crises de pânico ou ansiedade podem variar em sua duração, mas normalmente ocorrem por menos de duas horas. Elas chegam ao seu auge no quinto ao décimo minuto de crise e vão diminuindo depois de meia hora até uma hora.
A taquicardia, o suor, a dor no peito, a falta de ar e a sensação de morte iminente são seus principais sintomas. O problema é que esses sintomas podem permanecer por mais tempo depois da crise, mesmo que em uma intensidade menor.
É nesse momento em que a crise pode virar um transtorno. Crises isoladas e não frequentes podem ser geradas por acontecimentos específicos, mas crises constantes cujos sintomas não vão embora após o término podem significar que você tem realmente a síndrome do pânico.
Como identificar a síndrome do pânico?
Quem tem a síndrome do pânico sente-se paranóico e com muito medo quase todo o tempo, sendo que os sintomas têm seu ápice durante as crises, que podem acontecer até todos os dias se o transtorno não for tratado.
Entre seus principais sintomas, podemos listar os seguintes:
- Medo intenso de morrer, de tragédias ou até de enlouquecer, sem fundamento algum;
- Taquicardia (coração acelerado) e dor forte no peito;
- Suor e ondas de frio ou calor;
- Tontura e vertigem;
- Dormência e formigamento nos membros;
- Dificuldade em respirar ou falta de ar;
- Náuseas e vômitos;
- Distúrbios de sono (muito sono ou nenhum sono);
- Problemas gastrointestinais.
Quais são os grupos de risco da síndrome do pânico?
De acordo com a Associação Nacional da Síndrome do Pânico, cerca de 70% dos casos do transtorno começam a aparecer entre os 20 e os 35 anos, um período muito ocupado, cheio de alterações sociais e desenvolvimento profissional.
Segundo essa associação, a doença costuma se manifestar em quem cobra muito de si mesmo, possui um nível autocrítico muito alto, é pessimista e perfeccionista. Além disso, alguns traumas podem causar a síndrome, assim como o estresse diário.
Para tratar a síndrome do pânico, é necessário procurar um psicólogo e um psiquiatra. Não adianta frequentar apenas um deles, pois um complementa o trabalho do outro. As psicoterapias e as sessões psiquiátricas te ajudarão a controlar a doença e voltar a viver sem medo.