É possível afirmar se uma pessoa está ou é doente? Em alguns casos, isso parece simples, sendo resolvido em uma consulta médica ou um exame. Em outros, nem tanto, especialmente quando se trata de doenças da psique. Entenda mais sobre o assunto neste post.
Ser ou estar?
Começaremos com uma distinção fundamental: a que existe entre os verbos ser e estar. “Ser” define as características da pessoa de forma definitiva.
Então, quando se assume que alguém é doente, temos a impressão de que ele nasceu assim (ou adquiriu a doença em um momento da sua existência) e de que permanecerá nesse estado para toda a vida.
Diferentemente, o verbo “estar” nos remete a uma transitoriedade. Alguém que, por algum motivo, nesse exato momento tem uma enfermidade, mas que em breve pode se curar e se tornar alguém saudável novamente.
Porém mesmo as pessoas que possuem doenças crônicas e congênitas não podem ser julgadas por sua enfermidade, pois uma pessoa é muito maior do que uma doença. Ela tem a sua história, o seu lugar no seio da família e na sociedade.
Limitação ou invalidez?
Poderíamos afirmar que uma pessoa que tem uma deficiência física ou problema psiquiátrico é um doente. Mas quando nos lembramos das paraolimpíadas e de outros eventos em que os competidores possuem alguma limitação física, não temos muita certeza de que podemos chamar aqueles atletas de doentes.
Por isso é importante diferenciar limitação de invalidez. Alguém que não tenha, por exemplo, as duas pernas, pode perfeitamente trabalhar, estudar e seguir sua vida, ainda que com limitações. O mesmo ocorre com aqueles que tenham, por exemplo, esquizofrenia, depressão ou transtorno bipolar.
Estas doenças podem ser incapacitantes, mas, se tratadas e com o devido acompanhamento médico, não impõem limitações e tampouco invalidez ao paciente.
Ser doente x estar doente
Então, há uma grande diferença entre ser doente e estar doente. Quem é doente precisa estar sendo constantemente acompanhado por um ou vários especialistas a fim de que possa ter uma vida normal.
Alguém que tenha, por exemplo, esquizofrenia tem que fazer tratamento com medicação e acompanhamento geralmente realizado por psicólogo e psiquiatra. Muitas vezes as terapias ocupacionais também são recomendadas. É um tratamento para toda a vida, pois estamos lidando com uma doença crônica.
A depressão, a síndrome do pânico e outras doenças/transtornos são problemas que podem surgir em um determinado momento da vida do paciente. Se tratados adequadamente, podem ser superados. A pessoa, que teve temporariamente uma doença, pode seguir sua vida sem necessitar mais de medicação.
Portanto, há uma grande diferença entre ser e estar doente. Mas só um especialista poderá avaliar cada paciente, dando a ele as informações e o diagnóstico necessários.
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